Frango Assado com Molho Picante

Frango assado será sempre a minha comida de conforto. Aquela que me lembra “casa”. A que me recorda os meus avós paternos. A comida a que recorro em dias de pouca imaginação.
A vantagem do frango assado é que pode ser sempre coisas diferentes. Depende dos temperos que lhe juntamos. Uns dias limão, sal, azeite e alho. Noutros especiarias como caril ou ras-el-hanout. Noutros um molho picante.
O mote para este simples frango assado foi mesmo um molho picante. Um molho picante que preparei há uns dias através de uma receita do Gary, que vi numa das masterclasses. E a ideia de espalmar o frango assim, para cozinhar mais depressa foi inspirada pela Donna Hay.
E assim houve frango assado para o jantar. Comida, conforto, casa. Tudo num prato de comida.

(Está agendado um workshop para dia 3 de Maio aqui em Coimbra. Para saberem todas as informações do workshop : workshopquintaribeiro@outlook.com  )

Ingredientes:

1 frango
3 colheres de sopa de molho picante (usei caseiro, mas podem usar um qualquer)
1 colher de sobremesa de massa de alho (ou 3 dentes de alho esmagados num almofariz com um pouco de sal)
4 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta q.b.
1 raminho de tomilho fresco

Preparação:

Com uma tesoura de cozinha corte o frango pelas costas, pelo osso do espinhaço, e abra-o, virando os peitos para cima e espalmando-o bem. Reserve.
Numa taça misture o molho picante com a massa de alho, o azeite e tempere com sal e pimenta a gosto finalizando com umas folhinhas de tomilho. Mexa bem.
Com um pincel de cozinha pincele bem todo o frango com esta mistura e coloque-o num tabuleiro com grelha, com o peito virado para cima, de modo a que a gordura que se for libertando do frango não fique em contacto com o mesmo. Pincele novamente todo o frango até esgotar o molho preparado.
Leve o frango a assar no forno previamente aquecido a 180ºC até que fique bem tostado e a carne macia, cerca de 45minutos a 1 hora. Se o frango estiver a queimar tape-o com uma folha de papel de alumínio. (O frango assim aberto cozinhará mais depressa do que um frango inteiro.)
Sirva com batatinhas assadas ou fritas e uma salada verde.

Bom Apetite!

Tortelini com Carne, Legumes e Queijo da Ilha

O mais comum em todas as casas. Ter sobras e restos a necessitarem de ser consumidos e sem grandes ideias para o jantar. Naquela altura da semana em que ainda não se foi às compras e que não temos já assim tantas coisas.
É um “exercício” fantástico para trabalhar a nossa criatividade, mas principalmente um “exercício” de economia doméstica, onde se tenta rentabilizar ao máximo tudo o que temos em casa.
Foi de um “exercício” desses que saiu o jantar. Meio pacote de tortelini recheados comprados há imenso tempo para uma receita e quase a passar da validade. Uma mão cheia de cogumelos frescos que por força das circunstâncias estavam a ficar escuros e feios no frigorífico. Sobras de carne assada. Um resto de queijo da ilha num pacote.
Da despensa vem um pacotinho de natas e do congelador ervilhas.
Sai o jantar. Nada se desperdiça. E do pouco se fez muito.

(Está agendado um workshop para dia 3 de Maio aqui em Coimbra. Ainda há algumas vagas! Para saberem todas as informações do workshop : workshopquintaribeiro@outlook.com  )

Ingredientes para 2 pessoas:

125g de tortelini recheados
10 cogumelos
1 dente de alho
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.
½ chávena de ervilhas
150ml de natas – podem ser de soja
200g de sobras de carne assda ou outra
75g de queijo da ilha
Tomilho fresco q.b.

Preparação:

Leve a massa a cozer em água temperada de sal.
Entretanto pique o dente de alho e lamine os cogumelos.
Leve uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e acrescente o alho picado e os cogumelos laminados deixando-os cozinhar. Junte depois a carne previamente cortada em cubinhos e as ervilhas congeladas e retifique de sal e pimenta.
Assim que a massa estiver cozida acrescente-a à mistura de carne e legumes na frigideira e junte também as natas e metade do queijo. Envolva bem e tempere com umas folhinhas de tomilho.
Antes de servir polvilhe com o restante queijo da ilha. Sirva com uma salada verde.

Bom Apetite!

Doce de Morango com Tomilho

Este fim de semana foi tudo de bom. Nem sei por onde começar: pelas pessoas fantásticas e maravilhosas que conheci, se pelas histórias de vida que ouvi e vi e tanto me inspiraram e me encheram a alma, se pelo carinho e simpatia de todos os que vieram ter comigo aos workshops pop-up no Porto e me fizeram perder o medo e me deram confiança para a partilha que ali aconteceu no sábado e no domingo.
Foi realmente tudo muito bom. Um fim de semana que me encheu o coração. Que em diferentes contextos me fez olhar de maneira diferente e com ainda mais respeito para duas mulheres, a Elsa e a Rita, que contornam adversidades muito diferentes mas de forma tão positiva que só podem ser lições de vida.
E sentir o amor e o carinho de quem aqui vem, de quem lê os livros, de quem chegou ao pé de mim com sorriso de amigo de anos. Foi mesmo tão bom!
E ainda os workshops que foram umas horas bem passadas no meio de histórias e receitas e risadas e comida e amigos. (Obrigada, obrigada, obrigada!)
Foi um bom fim de semana.

Ingredientes para cerca de 8 frasquinhos de compota:

2kg de morangos já sem pés e bem lavados
1,5kg de açúcar
1 limão
1 raminho de tomilho (atado com fio de cozinha)

Preparação:

Depois de bem lavados e sem os pés, corte os morangos ao meio e coloque-os num tacho grande. Junte o açúcar e envolva bem.
Junte o tomilho.
Leve ao lume e, mexendo de vez em quando, deixe levantar fervura. Reduza depois o lume para o mínimo e deixe cozinhar suavemente até que o doce tenha atingido a consistência desejada.(Teste a consistência colocando um pouco de doce num pires e deixando arrefecer. Passe depois o dedo esperando que doce se afastar sem se unir de imediato.)Retire o raminho de tomilho
Com a ajuda da varinha mágica triture grosseiramente o doce e acrescente o sumo de limão. Deixe voltar a levantar fervura e coloque-o depois, ainda quente, em frasquinhos previamente esterilizados. Feche bem a compota e coloque-as cerca de 30 minutos ou até arrefecer, de “cabeça para baixo”. Vire depois os frasquinhos e rotule-os antes de os guardar num local fresco e seco.

Bom Apetite!

Patê de Fígado com Chutney e Arandos e Salada com Flores Comestíveis

Porque hoje é feriado, nada melhor do que duas ideias muito simples para colocar na mesa.
Quando há festas ou almoços cá por casa é certo que eu preparo a maioria das coisas. Mas também há pequenas coisas que coloco na mesa e que são assim, digamos, aldrabadas. Mas ficam sempre bem e impressionam um bocadinho pela sua simplicidade.
Mostro-vos hoje duas sugestões muito bonitas – pelo menos eu acho – e que são uma solução para quando não há grande tempo ou vontade de cozinhar.
Uma salada que tem tanto de boa como de bonita, e uma patê com chutney que é sempre uma combinação deliciosa e surpreendente.

Salada de Flores Comestíveis

5 Flores comestíveis (comprei no mercadinho biológico, mas é relativamente fácil de encontrar em lojas gourmet)
150g de mistura de salada (com alface, chicória, rúcula, espinafres, radichio, …
2 colheres de sopa de sementes (usei uma mistura de sementes de girassol e abóbora
1 colher de sopa de passas
1 colher de sopa de nozes picadas
2 colheres de sopa de croutons
2 colheres de sopa de rebentos de feijão mungo

Preparação:

Lave bem a mistura de saladas e as flores comestíveis secando com um secador de saladas.
Coloque depois a mistura de saladas num saladeira e polvilhe depois com as sementes, as passas, as nozes, os croutons e os rebentos de feijão mungo. Decore com as flores comestíveis e mesmo antes de servir tempere a gosto com uma vinagreta simples.



Patê de Fígado com Chutney e Arandos

250g de patê de fígado de boa qualidade (usei um patê de fígado de porco)
3 colheres de sopa de Chutney (podem usar caseiro ou de compra, usei um frasquinho que comprei recentemente de chutney de figos)
Alguns arandos secos ou passas para decorar

Preparação:

Num pratinho coloque o patê de fígado. Sobre este disponha o Chutney (se não gostar de chutney experimente uma compota de frutos vermelhos) e polvilhe com os arandos ou passas.
Sirva com tostinhas.


Bom Apetite!

Asinhas de Frango com Molho Rápido Agridoce

Como já aqui contei, no sábado antes da Páscoa, houve cá em casa um almoço – que agora os jantares de amigos quase todos passaram a almoços de amigos – com os padrinhos e afilhados. Ou seja convidei os nossos afilhados e os respetivos compadres para virem cá almoçar. Assim, acabamos a estar com todos na Páscoa e fizemos a entrega do tradicional folar.
Foi um almoço bastante divertido e informal. Como um almoço com 8 adultos e 6 crianças, de idades entre os 8 anos e os 7 meses teria de ser.
Para o almoço preparei uma picanha ao sal, receita já publicada, e ideal para cozinhar para muitos porque não dá trabalho nenhum com feijão preto, couve mineira e batatinhas assadas. E para entrada? Além dos palmiers de que vos falei ontem, outras coisas havia na mesa. Entre as quais umas asinhas de frango com um molho agridoce que se prepara num abrir e fechar de olhos…. É por isso que é fácil preparar um almoço para 14 pessoas. Só há que saber escolher as receitas certas!

Ingredientes para 6 pessoas:

12 asinhas de frango
Sal q.b.
Coentros frescos q.b.

Molho Rápido Agridoce:
2 colheres de sopa de ketchup
1 colher de sopa de Mel
2 colheres de sopa de molho de Soja

Preparação:

Corte as pontas das asinhas e descarte. Corte depois cada asa em dois pelas articulações e coloque-as num tabuleiro numa só camada. Tempere com sal e leve-as a assar em forno previamente aquecido a 180ºC até que fiquem cozinhadas e douradas.
Entretanto prepare o molho agridoce. Numa taça misture bem todos os ingredientes e ajuste-os conforme o seu gosto pessoal.
Sirvas as asinhas mornas ou frias polvilhadas com os coentros frescos e com uma tacinha com o molho para que cada um se sirva a seu gosto. (Ou molha a asa no molho antes de comer, ou cada um rega a sua asinha com molho a gosto!)

Bom Apetite!

Palmiers de Tomate Seco, Azeitonas e Parmesão

Por vezes acontecem coisas engraçadas. Há uns meses atrás, reencontrei uma colega da escola primária, a Catarina, através do facebook (na verdade foi ela que me encontrou mas isso agora não interessa). Depois de uma conversa inicial, conta-me ela que tem uma empresa com o marido a Ponte Vertical (https://pt-pt.facebook.com/PonteVerticalPT), e que são representantes de algumas marcas alimentares – nenhuma portuguesa e todas de qualidade reconhecida. Perguntou-me se eu não queria conhecer os produtos deles, visto que tenho um blogue de culinária e gosto de cozinhar. Demonstrei o meu interesse ainda sem saber quais as marcas que eles representavam. Como sabem eu gosto muito de usar produtos portugueses, e opto, sempre que posso por comprar produtos nacionais, por isso achei que não ia conhecer nenhuma das marcas. Pelo contrário. Verifiquei que uso a grande maioria das marcas que são representadas por eles, porque na verdade sou um bocadinho “picuinhas” com alguns produtos que uso. E os produtos que eles representam, com pequenas exceções, são produtos que não são produzidos em Portugal, nem por marcas portuguesas. Seja o vinagre balsâmico, que tal como os vinhos tem denominação de origem controlada, e portanto para ser realmente vinagre balsâmico só pode ser produzido na região de Modena na Itália. Curiosamente uso a marca que eles representam. Ou o caso do molho de soja, em que tenho preferência por uma marca muito específica mais “original”, também representada em Portugal por eles.
Foi engraçado descobrir que usava essas marcas, representadas por eles. E foi ainda melhor poder receber outros produtos que ainda não conhecia para experimentar. Como foi o caso de um frasquinho de tomate seco com cebola em óleo vegetal. Apesar de já conhecer os tomates secos, uso-os muito pouco. Normalmente para um molho rápido de massas.
Desta vez usei-os numa entrada que preparei para o almoço de padrinhos e afilhados no sábado passado. Uma daquelas entrada fáceis, fáceis de fazer e que causam sempre surpresa e admiração porque toda a gente acha que dá imenso trabalho a fazer.

(Estão agendados uns workshops para os próximos fins de semana. Para já, dia 26 e 27 no Porto, e dia 3 de Maio aqui em Coimbra. Para saberem todas as informações do workshop do Porto: info@workshops-popup.com , e do de Coimbra workshopquintaribeiro@outlook.com  - ambos os workshops têm inscrições limitadas!)

Ingredientes para cerca de 25 palmiers:

1 rolo de massa folhada refrigerada (de preferência retangular)
6 tomates secos em conserva de óleo vegetal
20 azeitonas pretas
50g de queijo parmesão

Preparação:

Pique grosseiramente as azeitonas assim como os tomates secos e misture bem.
Entretanto desenrole a massa folhada e espalhe bem esta mistura sobre toda a massa. Polvilhe depois com o queijo parmesão, de preferência ralado na hora.
Enrole agora uma das pontas da massa (a mais larga) até meio. Enrole depois o outro lado da massa até que fique com dois rolos da mesma massa, lado a lado.
Com uma faca afiada corte fatias de massa com cerca de 1cm de largura e disponha-as deitadas num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Leve depois ao forno previamente aquecido a 180ºC até a massa folhar e os palmiers ficarem dourados.
Deixe arrefecer antes de servir.

Bom Apetite!

Bolo de Amêndoa com Fios de Ovos

No fim de semana antes da Páscoa fui almoçar a casa dos meus amigos Rita e JP. Sabendo que o Miguel gosta muito de sobremesas com ovos e amêndoa, a Rita tinha preparado uns bolinhos de amêndoa que estavam deliciosos. Tao bons que não resisti a trazer a receita comigo já a pensar que seria perfeita para a Páscoa.
No sábado lá fiz o bolo de amêndoa na sua versão grande e decidi enfeita com fios de ovos e amêndoas de chocolate para um ar mais “pascal”, e foi a sobremesa que levei para casa dos meus pais para o almoço de Páscoa. Sobrou bolo que ainda foi sobremesa no jantar em casa dos meus sogros onde também fez sucesso.
Um bolo delicioso, húmido e com uma massa de amêndoa ótima. Perfeito para a páscoa ou para qualquer outra ocasião. Recheado e coberto com doce de ovos é um excelente bolo para cantar os parabéns! Aqui fica a sugestão e a receita.

(E como me têm pedido muito e muitas vezes, apesar de ser algo que eu acho que não tenho muito jeito, estão agendados uns workshops para os próximos fins de semana. Para já, dia 26 e 27 no Porto, e dia 3 de Maio aqui em Coimbra. Para saberem todas as informações do workshop do Porto: info@workshops-popup.com , e do de Coimbra workshopquintaribeiro@outlook.com  - ambos os workshops têm inscrições limitadas!)

Ingredientes:
(adaptado o livro “Receitas Bimby” Algarve, página 90)

500g de amêndoa sem pele
6 ovos
Sal q.b.
270g de açúcar
300g de fios de ovos

Preparação:

Pique a amêndoa finamente e reserve.
Separe as gemas das claras. Misture bem as gemas com o açúcar e bata com uma batedeira elétrica até começarem a ficar fofas e esbranquiçadas.
Entretanto bata as claras em castelo com uma pitada de sal.
Alternadamente incorpore na mistura de gemas e açúcar a amêndoa e as claras até obter uma mistura homogénea.
Coloque a mistura numa forma redonda sem buraco previamente untada e forrada com papel vegetal, e leve a assar em forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 30 minutos.
Deixe arrefecer uns minutos antes de desenformar e deixe depois arrefecer sobre um grelha.
Depois de arrefecido decore o bolo com os fios de ovos.

Bom Apetite!

Caramelo de Malaguetas do Gary

A Páscoa foi tudo de bom. Na sexta feira fizeram-se folares e preparam-se os miminhos para os afilhados e sobrinhos. No sábado foi dia de juntar os afilhados, os padrinhos, madrinhas e compadres e de celebrarmos com eles num almoço para 14 que durou das 13h às 19h. Um almoço que teve direito a crianças a correr pela casa. A tapetes e almofadas fora do lugar. A brinquedos espalhados por todo o lado. Ao meu amigo Tiago a dormir uma soneca no sofá, como já vem sendo hábito. A crianças a chamarem vezes sem conta para irmos resolver as “quezílias” com a wii. A chá para ajudar a digestão. A muitas conversas animadas. A brindes. A sorrisos. A sessão fotográfica para a posteridade. A muita louça suja, muitos copos sujos. Um almoço que junta crianças e adultos numa comunhão perfeita do que passam a ser os ”jantares de amigos “ quando há filhos. Foi bom. Muito bom. E esperamos que para o ano haja novo evento “padrinhos e afilhados”.
No domingo de Páscoa a ida a missa. Levar o Zé Maria a ver a tia-avó e a bisavó. Almoçar em casa de uns avós com a tia e os bisavós. Lanchar em casa do tio, da tia e do primo. Jantar em casa dos outros avós com a outra tia e as primas e ainda ver a restante família paterna que, entre a Páscoa e a animação da vitória do Benfica (nem acredito que estou a falar do Benfica no blogue…), se acabou a juntar em casa dos avós.
Num fim de semana de Páscoa em que se juntou os amigos e a família. Os padrinhos e os afilhados. Onde houve tempo para tudo e para todos os que correspondem ao nosso amor.
Porque não é a falta de tempo que nos priva de estar com quem amamos. É a falta de vontade.
Porque todos os dias sou agradecida das pessoas que tenho à minha volta. Porque todos os dias sou agradecida pela minha vida que tem tanto de imperfeita como de perfeita.
Mais uma Páscoa, mais uma oportunidade de renovação e de renascimento. De nós para os outros. Dos outros para nós.
E uma receita de caramelo de malaguetas que não tem nada a ver com a Páscoa, mas que foi preparado num destes dias com base numa receita do Gary do Masterchef Australia.

Ingredientes para 1 frasquinho pequeno:
(adaptado de uma masterclass do Gary na 5º temporada do masterchef australia)

5 malaguetas vermelhas tipo chili
250g de açúcar
100ml de água
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
Molho de peixe (fish sauce) q.b.
1 limão grande

Preparação:

Corte as malaguetas em rodelas fininhas e reserve.
Num tachinho coloque o açúcar e a água e leve ao lume, sem mexer e apenas agitando o frasco, até obter um caramelo de cor escura – mas sem deixar queimar o açúcar. Quando o caramelo estiver pronto junte o sumo de limão de modo a que o caramelo “arrefeça” e pare de cozinhar. Acrescente a malagueta em rodelas e o gengibre e mexa bem. Acrescente se necessário um pouco mais de sumo de limão.
Tempere depois com cerca de 1 colher de sopa de molho de peixe e guarde o molho já pronto num frasquinho esterilizado.
Guarde no frigorifico.
Este caramelo é delicioso servido com frango grelhado ou como molho para servir co asinhas de frango assadas no forno.

Bom Apetite!

Páscoa 2014

A minha cozinha ainda cheira a canela e erva doce. Fizeram-se os folares para dar aos afilhados e sobrinhos. Amassaram-se mais de 2,5kg de farinha, tingiram-se muitos ovos com casca de cebola e preparou-se tudo com muito amor e carinho.
Embalaram-se e estão agora a aguardar serem oferecidos aos pequenos, juntamente com mais qualquer coisinha.
Mas da cozinha saíram mais coisas. Amanhã há um “evento” aqui por casa. Um almoço de padrinhos e afilhados que vai juntar 14 pessoas à mesa… Porque o domingo de Páscoa é reservado aos pais e avós e eu ainda não fiz – mas vou fazer - um bolo de amêndoa para levar para casa dos meus pais, receita que a minha amiga e comadre Rita me cedeu.
E a Páscoa por aqui vai ser assim. Entre família, afilhados e padrinhos. Com folares, borrego, amêndoas, chocolate e ovos. Coelhos e galinhas. Muito celebrada à volta da mesa, mas sem esquecer a celebração religiosa, a ressurreição e o verdadeiro sentido do que é a Páscoa .
E desejo-vos a todos uma Santa e Feliz Páscoa!

Bolo de Beterraba, Arandos e Amêndoa

Assadas é como gosto mais delas. Não ficam a saber a “terra”. Ficam doces e macias. Aproveito sempre o forno de outras coisas para as assar embrulhadas em papel de alumínio. Depois a pele sai facilmente e podem-se guardar para serem preparadas de diversas maneiras.
Gosto delas raladas em saladas (sim, raladas depois de assadas). Gosto delas em rodelas ou cubinhos juntamente com laranja e polvilhadas com umas nozes, fazem uma salada deliciosa e visualmente muito bonita.
Gosto de as triturar e usar em massas de bolos, queques ou panquecas. Experimentem substituir em receitas que usem puré de cenoura ou abóbora cozida. Gosto delas em bolos com chocolate, e um dia destes uso-as numa massa fresca.
Falo das beterrabas. Amadas por uns, odiadas por outros. Do mercadinho biológico para a minha mesa num fantástico bolo. Um bolo roxo.

Ingredientes:

2 beterrabas assadas e descascadas (cerca de 150g)
150g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
50g de arandos secos (pode substituir por passas)
50g de amêndoas
Raspa da casca de 1 laranja
125g de açúcar amarelo
125ml de óleo de girassol
4 ovos

Preparação:

No robot de cozinha ou num copo liquidificador coloque a beterraba partida em pedaços (atenção para não manchar tudo de roxo) a farinha, o fermento, o açúcar, o óleo e os ovos. Triture tudo até obter uma massa homogénea e com uma espetacular cor arroxeada.
Junte depois a raspa da casca de laranja, os arandos e as amêndoas partidas grosseiramente.
Unte e forre com papel vegetal uma forma de bolo inglês e coloque aí a massa.
Leve a assar em forno previamente aquecido a 180ºC até que o bolo esteja cozido, cerca de 1h.
Retire do forno e deixe arrefecer um pouco antes de desenformar. Deixe arrefecer completamente. (E é natural que abata um bocadinho,,,)

Bom Apetite!

Pão de Páscoa com Alecrim e Azeite

Todos os anos, o meu afilhado Tiago me oferece o seu ramo de Domingo de Ramos benzido. Uma tradição que eu desconhecia, esta de oferecer o ramo à madrinha, mas que acho muito engraçada e este ano vou adotar com o Zé Maria que, apesar de ainda não ter oficialmente madrinha, lhe vai oferecer o “seu” ramo de Domingo de Ramos.
Sendo ou não o ramo oferecido pelo afilhado, sempre aproveitei o ramo benzido para cozinhar… Normalmente para temperar o borrego (com o louro e o alecrim) do almoço de domingo de Páscoa. Acho engraçado aproveitar assim o ramo de cheiros num almoço Pascal.
Este ano porém, utilizei o alecrim do raminho que o Tiago me deu numa receita diferente. Num pão “Pascal” salgado, preparado com azeite e alecrim e que deixou a minha cozinha a cheirar divinalmente, para além de ser um pão delicioso, ideal para servir no domingo de Páscoa, como entrada para molhar num bocadinho de azeite bom.
Adorei fazer este pão, como aliás adoro fazer todos os pães. Confesso que por vezes tenho preguiça de amassar à mão, mas quando tenho tempo adoro essa parte da tarefa. Adoro o cheiro do fermento. De sentir a massa nas mãos. De a bater, empurrar e amassar contra a bancada da cozinha. E depois de tantos maus tratos , e de a deixar repousar. E adoro o maravilhoso mistério culinário de ver a massa crescer. Tudo por ação do fermento.
E seja para fazer pão à mão ou na máquina. Amassado de forma tradicional ou com ajuda mecânica confesso que o meu fermento de eleição é o Fermipan.(http://www.touch.pt/pt/novidade/75/passatempo-ganhe-uma-bimby-com-ferimpan/)
Para pão, folares, massas de pizza ou tudo o resto que peça fermento de padeiro ( que acaba sempre por ser substituído pela levedura seca que tenho sempre em casa!). Por isso, quando a Fermipan me convidou para preparar uma receita dedicada à Páscoa, não foi nada difícil. Desde sempre que os meus folares são preparados com Fermipan. Portanto este ano, para ser diferente uma receita de pão de Páscoa com Alecrim e Azeite.
Os folares, esses, só serão preparados na sexta-feira para serem entregues “fresquinhos” aos afilhados.

Ingredientes para 1 pão tipo “focaccia”:

1 saqueta de fermipan
1 colher de sopa de açúcar
475g de farinha
300ml de água morna (37ºC)
2 colheres de sopa de azeite (30ml) + para pincelar
2 colheres de sopa de flor de sal
1 raminho de alecrim fresco previamente picado (cerca de 2 colheres de sopa)

Preparação:

Numa taça misture a água morna com o açúcar e o fermento e deixe repousar uns minutos.
Numa outra taça coloque a farinha. Junte-lhe o azeite, 1 colher de sopa de flor de sal e a mistura de água, fermento e açúcar. Misture os ingredientes e, com as mãos, forme uma bola com a massa.
Polvilhe a banca da cozinha com um pouco de farinha e comece a trabalhar a massa, amassando-a com as mãos, esticando-a e “batendo-lhe”, cerca de 10 minutos ou até que a massa fique elástica e macia. (Poderá amassar com a máquina de pão ou uma batedeira se preferir). Forme uma bola com a massa e coloque-a numa taça polvilhada com farinha. Tape com película aderente e deixe a massa levedar até dobrar de volume, cerca de 1 hora.
Ao fim desse tempo retire a massa e volte a amassá-la na bancada durante um ou dois minutos,
Estique depois a massa com as mãos e transfira-a para um tabuleiro previamente pincelado com um pouco de azeite. Tape com um pano e deixe levedar uma segunda vez, cerca de 30 a 45 minutos.
Ao fim desse tempo pressione a massa com as pontas dos dedos, de modo a fazer umas covinhas e pincele a massa com azeite, polvilhe com a restante flor de sal e com o alecrim picado.
Leve a assar no forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 35 minutos.
Sirva o pão cortado em cubinhos juntamente com um pratinho com um pouco de azeite para ir molhando o pão.

Bom Apetite!

Hambúrguer em Bolo Levedo com Cebola Doce, Ovo de Codorniz e Maionese de Alho

A inspiração para cozinhar vem de todo o lado. Dos livros, das revistas, de outros blogues, de programas de televisão, do que se come em casa dos familiares e amigos, dos ingredientes que se vêm no supermercado, do que se come em restaurantes ou em eventos.
E foi de dois hambúrgueres saboreados em locais muito diferentes que surgiu esta versão. Uma junção do hambúrguer muito saboroso que comi aqui em Coimbra, na Casa das Caldeiras (https://pt-pt.facebook.com/pages/Casa-Das-Caldeiras-Bar/234209490067456 ) (e a principal inspiração para o ovo de codorniz, as batatas e a maionese de alho), e de um outro hambúrguer, comido na Quinta dos Açores, (http://www.quintadosacores.com/)  na Terceira, (de onde veio a ideia de utilizar o bolo levedo e o próprio bolo lêvedo, e utilização de carne de vaca certificada.)
Das duas experiências saiu um dos melhores hambúrgueres dos últimos tempos. Conta a qualidade da carne, sem dúvida, e a utilização de ingredientes frescos e preparados de raiz. Porque depois de comermos um hambúrguer destes dificilmente temos vontade de voltar aos hambúrgueres de cadeias de fast food.

Ingredientes para 2 pessoas:

2 bolos lêvedos
300g de carne de vaca picada (usei carne de vaca açoriana certificada)
2 ovos de codorniz
Sal e pimenta q.b.
10 batatinhas pequenas
Mistura de salada q.b.

Para a cebola doce:
2 cebolas
1 colher de sopa bem cheia de açúcar
1 colher de sopa de vinho do porto
2 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta q.b.

Para a Maionese de alho:
1 ovo
2 dentes de alho
1 colher de chá de mostarda de Dijon
Sumo de ½ limão
Óleo vegetal q.b.
Sal e pimenta q.b.

Preparação:

Numa taça coloque a carne de vaca picada e amasse-a um pouco. Divida a massa em duas partes iguais e, com a ajuda de um aro de cozinha forme dois hambúrgueres do mesmo tamanho. Coloque-os num prato e leve-os ao frigorífico.
Entretanto prepare a cebola doce. Descasque as cebolas e corte-as em rodelas finas. Leve um tacho ao lume com o azeite e deixe aquecer. Junte as rodelas de cebola, o açúcar e o vinho de porto. Tempere de sal e um pouco de pimenta e deixe cozinhar em lume brando até a cebola estar caramelizada e macia. Reserve.
Prepare a maionese de alho. No copo da varinha mágica coloque o ovo inteiro, a mostarda de Dijon, sumo de meio limão, os dentes de alho e tempere com sal e pimenta q.b. Acrescente depois um pouco de óleo vegetal e emulsione tudo com a varinha mágica. Vá depois acrescentando mais óleo, em fio, e sem parar de emulsionar com a varinha mágica e até que fique com uma maionese com consistência. Reserve no frigorífico até servir.
Lave bem as batatas e sem as descascar corte-as em quartos. Seque-as bem num pano de cozinha lavado e frite-as em óleo quente até que fiquem douradas. Ainda quentes tempere-as com um pitada de sal.
Leve agora uma chapa ou frigideira anti-aderente ao lume e deixe aquecer muito bem. Tempere os hambúrgueres com uma pitada de sal e pimenta e cozinhe-os de ambos os lados até que fiquem dourados. Tenha atenção para não deixar a carne secar. Retire-os e deixe-os repousar.
Entretanto cozinhe na ,mesma chapa com um pouco de azeite os ovos de codorniz.
Abra o bolo lêvedo ao meio e aqueça-o também na chapa deixando-o tostar ligeiramente.
Barre as duas metades do bolo lêvedo com a maionese de alho. Coloque um pouco de salada e sobre esta o hambúrguer. Cubra-o com a cebola doce e termine com o ovo de codorniz cobrindo depois com a outra metade do bolo lêvedo.
Sirva com as batatas fritas e a restante maionese de alho para “molhar” as batatas.

Bom Apetite!

Fritata de Salmão Fumado, Requeijão e Manjericão

Tudo começou com uma ida à piscina com o pequeno Zé Maria. E depois ao mercadinho biológico. Chegar a casa, e volta a entrar no carro para um almoço de aniversário surpresa que se prolongou até ao fim da tarde, em casa do tio que fez 50 anos. Chegar a casa e dar a sopa a um bebé cansado e pô-lo a dormir. Fazer o jantar e depois adormecer no sofá. Acordar. Ser domingo de ramos e ir à missa. Tomar café. Almoçar com os amigos Rita e JP e respetiva prole. Conversar. Ir às compras. Ir correr no parque. Tratar de um Zé Maria adorável. Jantar. Ver televisão. Dormir.
O resumo do meu fim de semana que passou a correr, que não deu para fazer metade do que eu queria, mas que entretanto já passou. Venha daí essa segunda feira. E uma fritata para nos alegrar o dia!

Ingredientes para 2 pessoas:

3 ovos
2 claras
200ml de natas ligeiras (normais ou de soja)
120g de salmão fumado
150g (aproximadamente 1 unidade) de requeijão de Seia
1 pernada de manjericão fresco
Sal e pimenta q.b.
1 colher de sopa de azeite

Preparação:

Numa taça coloque os ovos inteiros, as claras, as natas e tempere com sal e pimenta a gosto. Bata tudo com um batedor de varas até ficar bem misturado.
Entretanto leve uma frigideira ao lume com o azeite e deixe aquecer. Junte depois a mistura de ovos e deixe começar a cozinhar. Disponha depois sobre a mistura de ovos o salmão fumado em pedaços, assim como o requeijão e as folhas de manjericão. Deixe cozinhar em lume brando durante uns 4 minutos até começar a querer ficar firme.
Leve depois a frigideira ao forno previamente aquecido a 180ºC (e com o grill ligado) para que acabe de cozinhar e toste a superfície, cerca de 8 minutos.
Sirva em fatias com uma salada verde.

Bom Apetite!

Bolos de Toffee com Calda de Laranja para comemorar as 2000

Chegar aos 2000 posts tinha de ser comemorado. Quase 8 anos depois de começar, estão aqui muitas receitas, mas está também aqui um pouco da minha vida ao longo desse tempo.
Receitas de carne, peixe, bebidas, bolos, sobremesas, bolachas, acompanhamentos… de tudo um pouco. As receitas que ao longo destes anos se fizeram na minha cozinha, que alimentaram a minha família e os meus amigos, e que partilhei sempre de bom grado com todos.
Chegamos então ao lindo número 2000 e comemoramos. Com um bolo, receita da Leonor de Sousa Bastos. Sintam-se então à vontade para “tirar” um bocadinho e celebrarem comigo.

Ingredientes para 6 unidades:
(in “Flagrante Delícia”, de Leonor de Sousa Bastos, página 20)

100ml de natas
120g de açúcar
50g de manteiga amolecida
2 ovos
1 pitada de sal
100g de farinha com fermento

Calda:
100ml de sumo de laranja
40g de açúcar

Preparação:

Aqueça as natas. Noutro tacho coloque o açúcar e deixe caramelizar agitando o tacho em vez de mexer o açúcar com a colher de pau.
Assim que o açúcar caramelizar junte as natas quentes e a manteiga mexendo bem. Retire do lume e deixe o toffee arrefecer um pouco.
Entretanto bata os ovos com a pitada de sal. Deite depois o toffee ligeiramente arrefecido sobre os ovos mexendo constantemente. Junte a farinha e misture bem.
Distribua depois a massa pelas forminhas previamente untadas e polvilhadas e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 10 – 12 minutos.
Retire do forno e deixe os bolinhos arrefecer antes de desenformar.
Para a calda junte o açúcar com o sumo de laranja e leve até ferver. Verta depois a calda quente sobre os bolos.

Bom Apetite!

Gratinado de Beringela e Carne com Molho de Queijo Creme

O Zé Maria está quase com 7 meses. E eu estou rendida a cozinhar comida para bebé.
Adoro fazer as sopas dele. Batata doce, feijão verde, alho francês, brócolos, couve flor, batata, curgete, cenoura, abóbora, couve, cebola, alface, eu sei lá que legumes mais. Frango, peru, borrego e vaca (ainda não come peixe). E depois inventar combinações diferentes entre todas estas coisas. Nunca faço duas sopas iguais, nem uso o método de manter uma base fixa. E o meu rapazinho lindo lá vai comendo tudo com mais ou menos fastio. Depois da sopa, lá vem a fruta. Curiosamente não gosta nada de banana… e para já pera e papaia são as suas frutas favoritas.
Começamos também com as papas… mas numa versão muito mais natural. Nada de papa de compra. Cá em casa damos papa de aveia ao Zé Maria e ele adorou desde o primeiro dia.
Para além de fazer as nossas refeições, tenho também a enorme responsabilidade de cozinhar para o meu filho. De lhe diversificar a alimentação o mais possível. De o apresentar à maior variedade de ingredientes possíveis. De lhe começar a criar hábitos alimentares saudáveis e equilibrados. Em suma, acredito que está nas minhas mãos os fundamentos para a maneira como ele se alimentará no futuro.
E é preciso paciência! Para introduzir novos alimentos que às vezes têm sabores que não lhe são tão agradáveis. Para dar colher atrás de colher que às vezes vem “cuspida”. Para não ceder de cada vez que começa a choramingar porque acha a textura estranha. Para não desistir às primeiras recusas. Mas é verdade quando se diz que “primeiro estranha-se, e depois entranha-se”. Agora choraminga quando não tem a boca cheia!
Mas nem só de comida para o Zé Maria se vai vivendo cá em casa – ainda bem, porque senão o blogue tinha virado um baby food blog – e ainda é preciso fazer o nosso jantar de cada dia.
Este gratinado foi preparado num destes dias.

Ingredientes para 2 pessoas:

2 beringelas pequenas
2 tomates
250g de carne de vaca picada
100ml de molho de tomate caseiro (ou polpa de tomate ou tomate picado)
1 alho francês pequeno
1 raminho de manjericão fresco
1 cebola
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.
200g de queijo creme para barrar tipo Philadelphia (usei com sabor a tomate e oregãos, mas podem usar do normal)
50ml de leite

Preparação:

Pique a cebola e corte o alho francês em rodela fininhas lavando-o bem de seguida.
Leve um tacho ao lume com uma colher de sopa de azeite e junte a cebola picada e o alho francês deixando refogar bem. Acrescente depois a carne picada, envolva bem e deixe cozinhar até que a carne comece a ganhar cor, Acrescente agora o molho de tomate, tempere de sal e pimenta e deixe cozinhar em lume brando cerca de 20 minutos mexendo de vez em quando.
Entretanto corte as beringelas em rodelas e tempere-as com um pouco de sal e regue com um fio de azeite. Numa frigideira ou chapa anti-aderente cozinhe as fatias de beringela até que fiquem maleáveis. Retire-as e reserve.
Corte o tomate em fatias.
Num prato que vá ao forno e à mesa coloque uma camada de beringela grelhada. Cubra com a carne picada e sobre esta disponha as rodelas de tomate e as folhas de manjericão. Cubra Agora tudo com a restante beringela.
Numa taça misture o queijo creme com o leite de modo a obter uma espécie de molho cremoso, e verta sobre o preparado de beringela e carne.
Leve ao forno previamente aquecido a 200ºC até que fique gartinado e a borbulhar.
Sirva com uma salada verde.

Bom Apetite!

Mousse Morna de Chocolate e Cardamomo e um jantar com o Chef Marc Fosh no Sheraton Algarve & Pine Cliffs Resort

Não sou muito de aceitar este tipo de convites. Mas há alguns que são muito especiais, oportunidades únicas às quais não nos devemos negar. Foi o caso. Um fim de semana no Sheraton Algarve @ Pine Cliffs Resort e a oportunidade de participar num jantar preparado pelo chef Marc Fosh, um britânico que vive em Espanha há mais de 20 anos.
É sempre animador poder saborear coisas muito diferentes daquelas que se comem todos os dias, da fusão entre elementos aparentemente estranhos uns aos outros, sem saber muito bem o que encontrar no seu “casamento”. É a estranheza das combinações que me faz ficar animada com aquilo que vou provar e saborear.
O fim de semana teve vários momentos: um evento desportivo de solidariedade, o Pine Cliffs Ultimate Challenge, para ajudar a Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, com aulas várias entre as quais a zumba. Ainda estive para participar, mas o tempo pouco convidativo apesar de estarmos no Algarve, foi o suficiente para me deixar do lado de fora, apenas a assistir.
Mas o melhor dos melhores veio ao jantar: a 4º edição do Cooking Through Generations, e o jantar preparado pelo chef Marc Fosh. Poder entrar na cozinha do restaurante o Pescador, em plena azáfama pré-jantar, foi um privilégio. Assim como ter todos os pratos apresentados e comentados pelo chef. Dei comigo a pensar que a paixão de cozinhar que move um profissional de um amador ou cozinheiro doméstico, não é muito diferente. Senti isso ao ouvir o chef a falar com paixão dos pratos que nos apresentava e de como eles eram importantes na sua história pessoal e no seu percurso profissional. Afinal quando cozinhamos com amor não há muita diferença no que transmitimos num prato de comida. Convenhamos que o chef Marc Fosh o faz de uma forma muito mais arrojada, cuidada, polida e bonita.
Em todos os pratos apresentados foi notória a influência mediterrânica pouco habitual num chef de britânico.
Começamos por uma Sopa de Amêndoa Arrefecida, Sardinhas Marinadas em Azeite, Maçã Verde e Funcho que acompanhou com um vinho Dona Maria Viognier 2012. Declinei o vinho por não ser grande apreciadora de vinhos brancos. Quanto à sopa foi o prato de que menos gostei, assim como os restantes comensais que estavam à minha mesa. Faltava-lhe qualquer coisa para brilhar e jamais me passaria pela cabeça tratar-se de uma sopa de amêndoa se não o tivesse lido no menu poisado no meu lado esquerdo.
Chega então o prato de peixe. Robalo Assado com Salsa, Alcaçuz e Anchovas. Uma combinação arriscada havia-nos dito o chefe na apresentação do prato. Um peixe muito bem cozinhado um creme ligeiramente adocicado e uma espuma de salsa que além de bonita ligava todos os sabores. A sopa de amêndoa que não sabia a amêndoa ficou desde logo esquecida. A acompanhar o prato de peixe um outro vinho branco. Desta vez um Vale da Poupa Vinhas Velhas 2011 do Douro que já não recusei provar e que casou lindamente com o prato.
É a vez do prato de carne – Lombo de Borrego com Ervilhas Frescas, Presunto Jabugo e Hissopo. Borrego cozinhado de duas maneiras. Ervilhas frescas num puré muito doce como só as ervilhas na sua época conseguem ser. E hissopo, uma erva aromática com semelhanças ao tomilho. E finalmente um tinto, e um conhecido cá de casa: Chocapalha, Vinha Mãe 2009. A completar os sabores do prato e obviamente o meu favorito. Durante a apresentação deste prato fiquei a imaginar os subchefes de cozinha a descascarem vagens de ervilhas, conforme nos foi dito pelo chef Marc Fosh, e a pensar que tinha adorado ajudá-los nessa tarefa que me trás tantas memórias felizes…
Finalmente a sobremesa. Um equilíbrio perfeito numa sobremesa que nunca mais me sairá da memória. Elementos vários associados a pratos salgados, como a conserva de limão, o dukkah (condimento do médio oriente com frutos secos e especiarias) e o ras-el-hanout. Juntos numa sobremesa que, segundo o chef, pode ser memorável ou um desastre completo. Para nós foi A sobremesa: Creme de Limão em Conserva, Dukkah Doce e Caramelo de Ras- El- Ranout com sorbet de cereja e água de rosas. A acompanhar um vinho licoroso Horácio Simões de uma casta quase em extinção “bastardo”. Um vinho especial para uma sobremesa igualmente especial.
Foi tudo fantástico. O jantar, a companhia e a experiência que é sempre degustar algo tão diferente daquilo que se come todos os dias. Cozinhar assim apenas está ao alcance de algumas mentes brilhantes e é por isso que jamais me aventuraria a cozinhar tais coisas. São portanto experiência para ter assim, fora de casa, por quem sabe, e em boa companhia.
Tudo podia ter ficado por aqui… mas não ficou. No dia seguinte tivemos ainda a oportunidade de conhecer o chef executivo do hotel, Osvalde Silva, que nos recebeu na cozinha onde nos preparava um simpático almoço. Mais uma experiência muito saborosa desta vez pelas mãos do chef algarvio.
E o que fica depois de uma experiência destas? Fica sempre a vontade de ir para a cozinha. Não para colocar em pratica técnicas culinárias deste calibre, ou empratamentos que mais parecem obras de arte. Mas sim a vontade de não ter medo de arriscar com novos ingredientes, combinações de sabores ou mesmo de provar coisas diferentes. Fica a vontade de continuar a alargar a nossa “cultura” gastronómica e não ter medo de arriscar no que não se conhece.
E ficou também a vontade de conhecer outras receitas do chef Marc Fosh. Receitas para os cozinheiros domésticos (ou amadores), como lhe quiserem chamar. As receitas que estão mais ao alcance da nossa técnica e que nos fazem fazer uns brilharetes em frente aos amigos.
Deixo-vos com uma receita do Marc Fosh, uma mousse morna de chocolate e cardamomo, que entretanto preparei e que, obviamente, foi muito apreciada e elogiada. Para que possa levar-vos um pouco de toda esta experiência.

(E um agradecimento muito especial ao Sheraton Algarve & Pine Cliffs Resort pelo convite e pelo cuidado, principalmente no que se refere a uma estadia com um bebé de 6 meses!)


Ingredientes para 4 pessoas:
http://www.marcfosh.com/index.php/en/recipes-en/179-warm-choco

300g de chocolate negro (usei com 70%cacau)
200g de manteiga
2 ovos
4 gemas
60g de açúcar
4 vagens de cardamomo tostadas e depois abertas e esmagadas (usei 1 colher de café se cardamomo em pó)
Cacau em pó

Preparação:

Derreta o chocolate com a manteiga e o cardamomo num tachinho em lume muito brando e mexendo de vez em quando. Retire e reserve.
Entretanto misture as gemas com os ovos inteiros e o açúcar e bata bem com uma batedeira elétrica até obter um creme fofo, firme e esbranquiçado – cerca de 3 minutos.
Misture depois cuidadosamente o chocolate na mistura de ovos até que fiquem bem uniforme.
Encha depois 4 ramequins de porcelana que possam ir ao forno com a mistura de chocolate e alise bem a superfície.
Coloque no forno previamente aquecido a180ºC durante 7 minutos (eu deixei 10…)
Retire do forno, polvilhe com cacau em pó e sirva de imediato com gelado de baunilha.

Bom Apetite!

Filetes de Cavala em Crosta de Milho com Salada de Batata Iogurte e Harissa


O tempo passa e eu continuo sem gostar nada de batatas cozidas. Assadas, fritas, salteadas, a murro, essas eu gosto. Mas quando vem a batata cozida meio deslavada eu raramente lhe toco, e nem regada com bom azeite a acho mais atraente….
Uma alternativa para tornar a batata cozida mais apelativa é fazer uma salada de batata. O principal problema é que a grande maioria das saladas de batata tradicionais são carregadas de maionese ou natas. Aligeirar a receita é simples. Em vez de maionese ou natas juntar iogurte natural. Na altura do verão e dos churrasco costumo preparar salada de batata em alternativa às batatas fritas de pacote. E, na maioria das vezes substituo a maionese pelo iogurte, juntando apenas uma colherzinha de maionese no final, mais para dar sabor do que para qualquer outra coisa.
Destas vez uma salada de batata integralmente feita com iogurte e temperada com harissa (uma pasta de malagueta, picante, oriunda do médio oriente) para acompanhar uns deliciosos filetes de cavala.
Espero que gostem da sugestão!

Ingredientes para 2 pessoas:

4 filetes de cavala (nas peixarias peçam para vos arranjarem as cavalas em filetes)
200g de batatas novas pequeninas
75ml de iogurte natural
1 colher de café de harissa ou outra pasta de malagueta (mais de quiserem mais picante)
1 colher de chá de vinagre ou sumo de limão
1 pernadinha de tomilho fresco
Sal e pimenta q.b.
Farinha de milho q.b.

Preparação:

Lave bem as batatas e leve-as a cozer, sem as descascar, em água temperada de sal.
Numa taça misture o iogurte natural com o sumo de limão ou vinagre, a harissa e tempere com sal e pimenta a gosto.
Assim que as batatas estiverem cozidas escorra-as bem, corte-as ao meio e junte-as ao molho de iogurte envolvendo bem. Polvilhe com as folhinhas de tomilho e ereserve.
Tempere depois os filetes de cavala com sal e seque-os ligeiramente com papel de cozinha. Passe-os pela farinha de milho de modo a que fiquem bem cobertos e frite-os em óleo vegetal até que fiquem dourados de ambos ao lados. Escorra os filetes em papel absorvente e sirva-os com a salada de batata acompanhe com brócolos cozidos a vapor.

Bom Apetite!

Pizza de Manjericão e Parmesão

Tudo o que é bom, acaba depressa. Foi assim que passaram estes dias de descanso. Ainda agora chegamos e já só pensamos quando vamos poder voltar. Conhecer as nove ilhas dos Açores é um objetivo. Gostamos mesmo muito da Terceira. Das paisagens, da comida, mas principalmente das pessoas. Todas muito afáveis, gentis e simpáticas. Desde a Elisa(?) do restaurante Ti´Choa com quem ficamos à conversa mais de 2 horas e que nos contou tudo sobre a história da ilha, das suas tradições e dos seus costumes. Do Sr. Fernando que conhecemos no avião e que se disponibilizou a levar-nos à base aérea das Lajes. O militar que nos fez a visita ao Castelo de S. João Batista (que é uma base militar) e que nos contou algumas histórias e pormenores curiosos, além de nos ter dado umas explicações sobre a base militar. A senhora que nos mostrou o Museu do Vinho em Biscoito e nos contou acerca da história do vinho e da vinha na região, ao rapaz simpático que nos convidou a entrar na casa onde nasceu Vitorino Nemésio – e onde nós não estávamos para entrar - e onde fui agradavelmente surpreendida por tudo mas principalmente pela simpatia e generosidade. (E onde fiquei a saber que o Vitorino Nemésio está sepultado aqui em Coimbra!).
Muito bom também, foi poder conhecer a Elvira. Uma mensagem enviada a medo pelo facebook. Uma resposta positiva e um encontro que adorei. Conhecer a Elvira foi para cima de espetacular. O “bistrot”  (http://elvirabistrot.blogspot.pt/) foi o primeiro blogue de culinária que conheci e foi, sem dúvida o blogue que me levou a criar o meu próprio blogue de culinária. No tempo dos blogues sem food styling, & photography, mas apenas de receitas.
E depois foi a primeira viagem que fizemos os 3, em família. E foi bom, muito bom.
De regresso uma pizza bem rápida para saborear no conforto de casa. No sofá. A um domingo à noite.

Ingredientes para 1 pizza:

350g de massa de pão (comprei na padaria)
75ml de molho de tomate caseiro
3 colheres de sopa de molho pesto
1 tomate
1 bola de mozarela fresca
50g de queijo parmesão (ralado na hora)
1 raminho de manjericão fresco

Preparação:

Estenda a massa de pão e coloque-a num tabuleiro redondo próprio para pizza.
Cubra a base com 2 colheres de sopa de molho pesto, espalhando bem, e depois com o molho de tomate caseiro.
Corte o tomate em fatias assim como a mozarela fresca e disponha-as sobre a base de pizza. Cubra depois tudo com o parmesão ralado na hora e disponha o restante pesto, em montinhos, sobre a pizza.
Leve a apizza a assar em forno previamente aquecido a 200ºC cerca de 20 minutos ou até a pizza estar cozinhada.
Retire-a do forno e polvilhe com folhas de manjericão fresco antes de cortar em fatias e servir.

Bom Apetite!

Bolo Upside Down de Banana

É um dos bolos preferidos do Miguel. Aquele que se prepara rapidamente e que desaparece em pouco tempo. É um bolo de afetos, de memórias.
Lembro-me da primeira vez que o Miguel me pediu para preparar este bolo. Fiz-lhe uma coisa completamente diferente porque ele apenas me disse que queria um bolo de banana como a mãe fazia. Descobri passado algum tempo que o bolo de banana de que falava era uma receita do Chefe Silva e das velhinhas teleculinárias que também preparo algumas vezes.
Mas esta é a minha cozinha. Com receitas que vêm do coração para mimar os que eu amo. E esta é a minha versão – simplificada e mais rápida – do bolo de banana que o Miguel adora.
Este não é o bolo de banana da minha sogra. Este é o meu bolo de banana, aquele que preparo apenas porque sim. Apenas porque sei que é um dos bolos favoritos dele. E que o faz ficar feliz. Porque isso é o melhor que a minha cozinha tem. Fazer felizes quem aqui se alimenta, quem aqui celebra e quem aqui partilha a nossa mesa. Porque para além das receitas, dos ingredientes está o afeto, as memórias e a certeza de que, mesmo não sendo o melhor bolo de banana do mundo, o meu bolo de banana é para o Miguel o bolo pelo qual ele suspira porque o afeto e as memórias não se colocam nas receitas. Vivem dentro de nós quando saboreamos as receitas preparadas por quem amamos.
Bom fim de semana a todos.

Ingredientes:

4 bananas cortadas em rodelas
100ml de caramelo líquido
4 ovos
150g de manteiga
150g de farinha
120g de açúcar

Preparação:

Unte muito bem uma forma redonda e cubra- a com a banana em rodelas. Verta o caramelo líquido sobre as bananas e reserve.
Misture depois a manteiga com o açúcar, os ovos inteiros e a farinha e coloque sobre a mistura de bananas e caramelo.Leve a forno previamente aquecido a 180ºC durante 30 minutos ou até o bolo estar cozido. Deixe arrefecer ligeiramente antes de desenformar.

Bom Apetite!

Peito de Frango com Requeijão Cremoso com Ervas e Alho, Presunto e Manjericão

Cá em casa adoramos queijo. Eu gosto deles todos, o Miguel gosta mais de alguns do que de outros. Por isso, quando a Saloio (http://www.queijosaloio.pt) me enviou um pequeno cabaz com alguns dos seus produtos foi uma festa. A ideia era preparar umas receitas. Há muito (há mais de 2 anos…) que a Saloio que tem andado a convidar para preparar umas receitas com os seus queijos na Academia do Queijo mas, por impossibilidades várias minhas e dificuldades de agenda tal nunca mais acontecia. E quando a montanha não vai a Maomé, vai Maomé à montanha e, em vez de estarem à minha espera, a Saloio decidiu enviar-me os produtos para casa, para que eu pudesse preparar algumas receitas que entretanto já foram partilhadas na newsletter da Saloio. Para quem não recebe, eu não queria deixar de partilhar também as receitas. Fica aqui a minha sugestão para um prato principal muito simples para todos os dias.
Mesmo assim continua de pé a ida à Academia do Queijo, e a vontade agora ainda é maior. E pode ser que leve mais alguém comigo…..
Para verem as outras receitas basta seguirem o link: http://asreceitasdacabra.blogspot.pt/2014/03/a-saloio-e-as-minhas-receitas-sugerem.html

Ingredientes para 4 pessoas:

4 peitos de frango
1 embalagem de requeijão cremoso com alho e erva para barrar da Saloio
4 fatias finas de presunto
8 folhas de manjericão
Sal e pimenta q.b.
Azeite q.b.

Preparação:

Tempere os peitos de frango com uma pitada de sal e com um pouco de pimenta. Barre-os generosamente com o requeijão cremoso e embrulhe-os nas fatias de presunto colocando umas folhas de manjericão.
Coloque os peitos de frango num recipiente que possa ir ao forno, regue com um fio de azeite e tape com papel de alumínio. Leve a assar cerca de 20 minutos em forno previamente aquecido a 180ºC até que os peitos de frango fiquem cozinhados mas suculentos – tenha cuidado para não os deixar secar!
Retire depois o papel de alumínio e deixe alourar um ou dois minutos.
Sirva os peitos de frango com arroz thai jasmim bem soltinho e uma salada.

Bom Apetite!

Salteado de Shitake e Pleutotos com Ervas Aromáticas e Queijo Parmesão

Quando se programa estar uns dias longe de casa há que dar volta ao frigorífico e fazer refeições para gastar os últimos frescos. Havia cogumelos, comprados a pensar num risoto que não se chegou a fazer devido a uma mudança de planos. Não se podiam deixar estragar e por isso acabaram salteados com alho, azeite e ervas aromáticas também a necessitarem de serem gastas.
Assim se preparou algo delicioso e simples que foi o nosso jantar, acompanhado de pão e um belo creme de legumes.

Ingredientes para 2 pessoas:

150g de cogumelos pelurotos
50g de cogumelos shitake
2 colheres de sopa de salsa picada
2 colheres de sopa de coentros picados
Sal e pimenta q.b.
Azeite q.b.
2 dentes de alho
Queijo parmesão q.b.

Preparação:

Lave ou limpe bem os cogumelos e corte-os em pedaços. Descasque e pique os dentes de alho.
Leve uma frigideira anti-aderente ao lume com cerca de 2 colheres de sopa de azeite e junte os dentes de alho picado. Quando começarem a querer fritar acrescente os cogumelos partidos, tempere com um pouco de sal e pimenta e deixe saltear até que fiquem cozinhados, agitando a frigideira para que não queimem. Assim que estiverem prontos envolva as ervas aromáticas.
Coloque depois no prato de servir e polvilhe generosamente com queijo parmesão acabado de ralar.
Sirva com pão fresco, ou sobre pão acabado de tostar, como entrada ou refeição ligeira.

Bom Apetite!

Robalinhos ao Vapor com Limão, Coentros e Gengibre e Puré de Legumes

Das rotinas cá de casa faz parte o ida semanal ao Mercadinho Biológico do Botânico. Principalmente desde que o Zé Maria começou nas sopas – ou papas de legumes, como preferirem. Se nós já tínhamos esse cuidado, passei a ter ainda mais quando ele começou a comer. Porque todos os pais querem o melhor que puderem dar aos seus filhos. E eu quero que o meu filho tenha uma alimentação o mais diversificada e saudável possível.
Sei que chegará o tempo de dizer que não gosta de sopa, que não quer o peixe cozido, que quer um ovo de chocolate ou um Happy Meal. Mas também acredito que nós pais, a nossa influência na sua alimentação, os nossos hábitos alimentares e as nossas preferências e opções do dia-a-dia influenciam a forma como as crianças olham a comida.
Além de ir comprar as frutas e os legumes para as sopas do Zé Maria, compro também para nós. E gosto sempre de trazer coisas que nunca experimentei ou que nunca cozinhei. De experimentar e de diversificar também a minha (nossa) alimentação.
Dos rebentos de lentilhas para colocar nas saladas e que são deliciosos, às alcachofra de Jerusalém ou tupinambo que trouxe recentemente, é sempre com algum entusiasmo que compro algo novo.
Das alcachofras de Jerusalém já tinha ouvido falar, já tinha visto receitas, mas nunca tinha experimentado. A senhora que mas vendeu disse-me ainda que eram apelidada de “batata dos diabéticos” por terem baixo teor de hidratos de carbono, e que podiam ser salteadas, cozidas como se fossem mesmo batatas, colocadas na sopa e até usadas cruas em saladas.
Vim para casa cheia de vontade de experimentar. Juntei ao puré da sopa e ficou delicioso. Outro dia preparei-as salteadas com acelgas, espinafres e cogumelos. E também as preparei em puré, juntamente com outros legumes e como acompanhamento de uns robalinhos ao vapor.

Ingredientes para 2 pessoas:

2 robalos pequenos amanhados e escamados
1 limão
1 pedacinho de gengibre fresco com 2,5cm
1 raminho de coentros
1 raminho de salsa
Sal e pimenta q.b.
Azeite q.b.

Puré de Legumes:
½ cabeça de brócolos pequena
½ cabeça de couve flor pequena
3 alcachofras de Jerusalém
Sal e pimenta q.b.
Noz Moscada q.b.
Azeite q.b.

Preparação:

Comece por preparar os robalos temperando-os de sal e pimenta. Corte depois o limão em rodelas e coloque duas na barriga de cada um dos robalos. Coloque também um pouco de coentros e de salsa e ainda umas rodelas de gengibre.
Corte uma folha grande de papel de alumínio, que dê para fechar no seu interior os dois robalos e forre um tabuleiro que vá ao forno com ela. Coloque o restante limão no fundo, assim como a restante salsa, coentros e gengibre e regue com um fio de azeite. Por cima disponha os dois robalos, regue com um pouco mais de azeite e feche bem a folha de alumínio de modo a que os vapores durante a cozedura não se escapem.
Leve depois os robalinhos ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 30 minutos ou até o peixe estar cozinhado.
Entretanto prepare o puré de legumes. Corte os brócolos e a couve flor em raminhos, e descasque as alcachofras de Jerusalém. Leve-as a cozer em vapor, num cesto próprio numa panela com um fundo de água até que estejam bem cozinhados. Retire e com a varinha mágica triture bem até obter um puré, Tempere de sal, pimenta e noz moscada a gosto e junte um pouco de azeite.
Sirva os robalinhos com o puré de legumes e, se gostar um pouco de arroz branco.

Bom Apetite!

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